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O blog é favorável à Revolta de Canudos e é um diário de Antônio Conselheiro, um dos líderes da revolta. Componentes: Artur Assis, Artur Ian, Isabela Muriel, Jadh de Castro, Lucas Dimatteu, Maria Fernanda, Vítor Oliveira

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Em resumo, a revolta de Canudos

A ofensiva contra Canudos foi iniciada com um bombardeio, no qual foi utilizada como principal arma um canhão inglês, que geralmente era usado para derrubar torres. Para que nada desse errado, isolaram a região de Canudos, para que ninguém entrasse e nem saísse, fazendo com que não tivesse como ocorrer os socorros aos sertanejos. Com isso, a situação se agravava cada vez mais, pois faltavam mantimentos, como remédios, alimentos, água, munição etc. Minha função era de manter meus seguidores animados, mas devido a uma fatalidade (diarréia) meu estado de saúde piora. Com isso, venho a falecer no dia 22 de setembro. Meus seguidores (muito fiéis) estavam na expectativa da minha volta dos mortos, não sepultaram. Após perceberem que não reviveria, enterram-me. Enquanto ocorre meu sepultamento, as tropas militares se aproximavam, até que no dia 1º de outubro, ocorre a tomada da vila por parte das tropas militares do governo. Após a invasão, eles desenterram meu corpo (uma falta de respeito para com o povo de Canudos, mas um prêmio para o exército), arrancaram minha cabeça e levaram como troféu para Salvador, simbolizando assim, o fim de Canudos.


FONTE:
http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_287250.shtml

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Passaram-se dias e dias e a guerra continuava. Começamos então a perceber que o exército inimigo estava precisando de alimentos, tanto que, em alguns períodos do dia, vimos alguns soldados afastados do resto da tropa, por vezes tentando caçar bodes ou até outros animais que apareciam. Alguns tiveram a sorte de conseguir sua caça e sair sem que os apanhássemos, outros, porém, não tiveram tanta sorte. Criamos diversas armadilhas para apanhá-los, mas não apanhamos tantos quanto desejávamos, mas já foi significativo.
Contudo, depois de alguns dias, vimos que não estávamos tão por cima quanto achávamos. Começamos a perceber que estava havendo uma organização maior do inimigo: havia soldados veteranos em combate usando uma estratégia racional. Isso reverteu a situação crítica deles, dando-nos a sensação de que talvez perdêssemos a guerra.

FONTE: http://www.passeiweb.com/saiba_mais/fatos_historicos/brasil_america/a_guerra_de_canudos
Então iniciei uma pregação religiosa defensora de um cristianismo primitivo. Eu defendia que os homens deveriam se livrar das opressões e injustiças que lhes eram impostas, buscando superar os problemas de acordo com os valores religiosos cristãos. Com palavras de fé e justiça, atrai muitos sertanejos que se identificavam com minha mensagem.
Desde o início, autoridades eclesiásticas e setores dominantes da população viam na renovação social e religiosa promovida por mim uma ameaça à ordem estabelecida. Em 1876, autoridades me prenderam alegando que eu tinha matado minha mulher e minha mãe e me enviaram de volta para o Ceará. Depois de solto, fui ao interior da Bahia. Com o aumento do meu número de seguidores e a pregação de meus ideais contrários à ordem vigente, fundei, em 1893, uma comunidade chamada Belo Monte, às margens do Rio Vaza-Barris.
Consolidando uma comunidade não sujeita ao mando dos representantes do poder vigente, Canudos, nome dado à comunidade pelos meus opositores, se tornou uma ameaça ao interesse dos poderosos. De um lado, a Igreja atacava a comunidade alegando que os meus seguidores eram apegados à heresia e depravação. Por outro, os políticos e senhores de terra, com o uso dos meios de comunicação da época, diziam que eu era monarquista e liderava um movimento que almejava derrubar o governo republicano, instalado em 1889.


FONTES:

http://www.brasilescola.com/historiab/canudos.htm
http://www.infoescola.com/historia/guerra-de-canudos/
GISLAINE e REINALDO. História. Volume único. Primeira edição. Editora Ática. São Paulo. 2007

MINHA VIDA

Eu nasci na vila de Quixeramobim, no interior do Ceará e cresci em uma família de classe média. Tive uma ótima educação. Quando eu fiz vinte e sete anos, depois da morte do meu pai, assumi os negócios da família. Não obtive sucesso, abandonei a atividade. Na mesma época, casei com uma prima e exerci funções jurídicas nas cidades de Campo Grande e Ipu.
Minha mulher me abandonou e eu comecei a vagar pelo sertão nordestino. Em seguida, me envolvi com uma escultora chamada Joana Imaginária, com quem tive um lindo filho. Em 1865, abandonei minha mulher e o meu filho, retornei à minha peregrinação sertaneja. Nessas andanças, construí igrejas e cemitérios.Nessa época, o sertão sofria graves problemas sócio-econômicos, o clima seco castigava severamente a região, danificando o plantio de alimentos, secando os diques e matando os animais que não resistiam à falta de água. Os sertanejos tentavam sobreviver, mas a cada ano milhares morriam de fome e sede.

Pelas estradas e sertões, grupos de ex-escravos vagavam, excluídos do acesso à terra e com poucas oportunidades de trabalho. Assim como os sertanejos, agruparam-se em torno dos meus discursos. Eu poderia libertá-los da situação de extrema pobreza ou garantir-lhes a salvação eterna na outra vida.