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O blog é favorável à Revolta de Canudos e é um diário de Antônio Conselheiro, um dos líderes da revolta. Componentes: Artur Assis, Artur Ian, Isabela Muriel, Jadh de Castro, Lucas Dimatteu, Maria Fernanda, Vítor Oliveira

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A nossa vitória contra a terceira expedição fez com que a opinião pública ficasse histérica e exigisse medidas drásticas do governo para uma rápida solução do conflito e com isso, uma quarta expedição foi gerada. Ela era bem maior, com cerca de 5000 homens de 17 estados e equipadas com as melhores armas da época.
Comandada pelo general Arthur Oscar de Andrade, essa expedição teve uma novidade que surpreendeu a mim e a todos os sertanejos: a divisão das forças em duas colunas. A primeira coluna, comandada por Gal. Silva Barbosa, saiu de Queimadas e se concentrou em Monte Santo, foi composta de 3.415 homens; enquanto a segunda, comandada pelo general Cláudio Savaget, partiu de Aracaju para a nossa terra, Canudos, com cerca de 2.340 homens. Porém, não deixamos por menos.
A primeira coluna foi surpreendida por nós, numa emboscada no Morro da Favela e os poucos que se salvaram conseguiram se juntar com a segunda coluna. Depois de um mês de combate entre sertanejos e tropas, elas começaram a enfraquecer por terem muitos feridos e pouca comida.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Eu, Antônio Vicente Mendes Maciel, sabia que tinha sido enviado por Deus para guiar a população contra as diferenças sociais e os pecados republicanos, como o casamento civil e a arrecadação indevida de impostos. Com esse pensamento, reuni um grande número de adeptos. Por isso recebi o nome de Antônio Conselheiro, já que eu aconselhava as pessoas no que fazer.

Em 1896 o arraial de Canudos já possuía cerca de 15 mil sertanejos, e vivíamos de modo comunitário, com criação de animais e plantações. Para nos protegermos, nos organizamos em grupos armados.

Se não tivéssemos crescido tanto, talvez, a guerra não teria ocorrido, porque foi justamente isso que incomodou os latifundiários que perdiam mão de obra para o nosso arraial, os coronéis e a Igreja Católica também estavam incomodados com nossas proporções. Então fizeram pressão no governo baiano para que acabasse com Canudos. O governo da Bahia organizou expedições militares para destruir Canudos, a primeira que tinha 120 homens e foi chefiada pelo tenente Manuel Pires Ferreira foi vencida por nossos guerreiros. A segunda expedição, que também derrotamos, foi chefiada pelo major Febrônio de Brito e tinha 500 homens. A terceira expedição militar composta por 1.200 homens, sob chefia do coronel Moreira César também foi  derrotada e ele foi morto em combate.



fontes:

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Como podemos ver, o desgaste do novo regime foi consequência das especulações e da multiplicação de empresas mal estruturadas, sem condições de se manter. O presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, fechou o Congresso e decretou estado de sítio (suspensão temporária dos direitos e garantias constitucionais dos cidadãos). Isso serviu de pretexto para Marinha de Guerra rebelar-se. Os marinheiros exigiram e conseguiram a renúncia do presidente, ocorrida em 23 de novembro de 1891. No lugar dele, assumiu o vice, marechal Floriano Peixoto.
Em fevereiro de 1893, estourou no Rio Grande do Sul a Revolução Federalista e neste mesmo ano, em setembro, ocorreu a Revolta da Armada, no Rio de Janeiro. Os dois acontecimentos foram o estopim para as guerras civis nesses estados. Portanto, nesse contexto, que em 1896, inicia-se a Guerra de Canudos.


PERÍODO ANTERIOR À REVOLTA DE CANUDOS


Caros companheiros;
Gostaria de lhes apresentar os fatos que antecederam a Revolta de nossa querida Canudos e nos influenciaram fortemente.
Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a lei Áurea que libertou os escravos. A Questão Militar que defendia a participação dos oficiais nas decisões políticas e sociais do país e que vinha se arrastando desde 1883 teve uma conclusão repentina com o golpe republicano de 15 de novembro de 1889.
A derrubada da Monarquia, entretanto, provocou reações anti-republicanas.  Em 1891, foi aprovada uma nova Constituição, tornando o Brasil uma república federativa e presidencialista, como nos moldes norte-americanos. Houve a separação do Estado e da Igreja, o que pra mim, é um absurdo. E não foi só isso. Também foi ampliado o direito de voto e acabaram com o sistema censitário existente no Império. Com isso, todo sujeito alfabetizado pôde tornar-se cidadão.
As dificuldades políticas da implantação da República aumentaram devido ao Encilhamento, política econômica adotada pelo ministro da Fazenda Rui Barbosa. Ocorreu uma crise inflacionária porque houve o aumento de 75% na emissão de papel-moeda.